quinta-feira, 29 de julho de 2010

Poema a Querida Piquet de Paulo Pimentel

A querida Piquet...

Preciso cantar a você minha formosa deusa-mãe.
Mãe que cuida com delicadeza de seus filhos...
filhos que às vezes são tristes, alegres, festivos, desejosos...
Ansiamos por tê-la sempre conosco, mas, no entanto...
Carinhosa mãe, é moça ainda... não passa em sua cabeça
o zelo daquela que cuida da cria, como a onça de sua...
Os filhos de Adão estão sempre aprontando, merecem castigos,
não os castiga como deveria – talvez por se tratar de amor
amor maternal que há em você, mãe generosa, mãe moça... são apenas...
apenas cinquenta e poucos anos, não viveu... o apogeu dos anos...
Anos do aprendizado, da idade áurica da sabedoria, mas
os vindouros anos se seguirão e você terá a aprendizagem necessária,
pois a bondade em seu coração habita desde muito antes de sua formação.
Ainda era a pequena Jirau... suas terras abraçavam pouca gente
com o passar do Fado vai ficando povoada, e seus netos e tataranetos
pequenos desajuizados, loucos por aventuras... já não pode mais...
...Abraçá-los! Beijá-los! São todos do mundo... voltam sempre.
Mesmo longe elevam o seu nome – nome da doce mãe
que leva o alimento a nossa boca.
Se pudesse colocaria você no mais alto firmamento como uma estrela seleta,
estrela brilhante que alumia a carruagem de Febo, que invejaria os deuses.
Está a cada dia mais bela, cresce como ninguém já viu; olhamos e não acreditamos, sim, é você criança, jovem com cara de moça formada...
Queremos a todo instante que seja ora criança ora adulta, mas
É a menina-moça que procura a maioridade.
Em seu seio amamentou tantos e tantos, homens e mulheres, grandes e pequenos...
Hoje anéis ofuscam há muitos... anéis-teses nos orgulham e foi você
quem gestou, viu os primeiros passos, e preparou-os para a vida!
Sua história às vezes pouco lembrada, talvez por ignorância de muitos,
Às vezes destruída, deixada em ruínas, todavia sempre haverá aqueles...
...que não deixará sua história ser apagada... os anais da história escreverão
os feitos dessa bendita terra!
Os prédios que guardam sua, nossa lembrança
nos desafiam e pedem preservação,
as dificuldades encontradas não nos afastam da meta
de vê-los um dia restaurados, indicando e recordando a todos
nossa história, simples e honesta e ao mesmo tempo acolhedora
acolhe tão bem a todos, que quem de sua água bebe, não esquece
volta para a fonte pura... e ao criar forças, revigorado deseja mais e mais!
Em qualquer de suas serras é mãe bondosa dos oitis ao olho d’água...
Você mostra majestade!
Seus distritos são braços, corpo e coração a pulsar a todo instante
Lembrando que você está viva, pronta para o combate
Sua alma tem o brilho forte dos corajosos, dos servos do Criador
E a bondade do servir aos que pedem sua ajuda
Diz convicta – pronto, aqui estou!
“assim eu quereria”... minha cidade ACOLHEDORA.
Que a força do bem encontre abrigo em nós
Que nossa mãe-cidade seja infinitamente presente em nós
Que os anjos e arcanjos passem a cada minuto sobre nós
E abram suas asas da fortuna, do crescimento, dos louvores...
E dos louros da graça, seja você coroada mais que cinquentona!
Que não reine em seus filhos a ausência do bem
Que não sejam eles provocadores e zombadores e...
Muito menos a língua serpentina não escorra a inveja, o ódio
E a destruição para aqueles que querem ver seu triunfo
E nós sabemos - sempre você, cidade adorada, crescerá
E muitos quererão estar próximos a você
Há aqueles que merecem e os que não
o tempo que tudo cura, que tudo suporta, que tudo...
Saberá e dirá... no cortejo e na festa todos estarão
Os vencidos e vencedores, os bajuladores,...
Você selecionará os verdadeiramente amigos,
Os que impuseram a lança e caíram no combate
Sei que a coroa da vitoria é nossa!
E nessa métrica desconcertante, talvez haja harmonia
É preciso navegar – onde dantes fora impossível
Os gigantes vencerem e encanarem as Parcas e as Fúrias
É um viver dantesco
E em tantos devaneios – um grito abafado e cortante....
Eia! Eia! Eia!
Estamos aqui e desafiamos e no mapa - EXISTO!
Tecemos histórias, histórias, histórias
E somos HISTÓRIA!
Somos gente-forte quando as gotas de chuva caem ou não
Os nimbos chorosos vertem-nas
Molham nosso chão e tudo FLORESCE!
E seu corpo enfeitado é lindo de ser ver, como mulata sambando!
A sensualidade presente – puxa! Um Amado entre nós
A luta crescente e a diplomacia – um sem dedo entre nós
.............................................................................................................
É a verdade – sabe – somos FELIZES
Então, é isso (?), a FELICIDADE.

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